Crítica - "O Espetacular Homem-Aranha"

Eu já havia dado nota desse longa na página "Filmes", mas agora, após 7 meses depois da estreia do filme, irei escrever a crítica. Eu sei, demorei, mas esperei um pouco para acalmar a discussão inicial por conta do filme ser um reboot. Agora, com a poeira baixa e com o filme acessível a todos por meio de DVD's e Blu-Ray's, irei iniciar a crítica. Não irei esquecer do material original, que são as HQ's, em que eu vi certos críticos que não levaram em conta o material de origem e acabaram escrevendo algo que ninguém concorda. E vamos à postagem.


Quando soube que o próximo filme do Homem-Aranha seria um recomeço, primeiramente achei que era mentira. Mas quando soube que era tudo verdade, me preocupei. Apesar de não ser totalmente fiel aos quadrinhos, eu gostava muito da trilogia anterior, em que realmente mostrava a face de heroísmo do Homem-Aranha, sem esquecer de acontecimentos do dia-a-dia de Peter Parker.
Conforme foram saindo as novidades sobre o reboot, me animei. Parecia que eu estava vendo algo ainda mais semelhante aos quadrinhos. Movimentos acrobáticos, história e até piadas.




O filme realmente foi bom. Mas houveram muitas falhas no enredo. Está tudo interligado, como em uma teia de aranha. Assim, a história se torna um pouco chata. Outra falha no enredo é o fato de prometer a história não contada, sobre os pais de Peter, o que acaba não acontecendo. A história não contada continua não contada. O longa promete falar mais sobre os pais de Peter na sequência. A falta da família de Connors é grande. Nas HQ's, a mulher e o filho são pessoas importantes na história de Connors/Lagarto, que não deveria ter sido eliminado do roteiro.



A caracterização de personagens está muito boa. Vemos que foram fiéis às HQ's, pois os personagens estão muito parecidos aos que vemos nos quadrinhos que adoramos ler. A atuação está ótima, destacando Andrew Garfield, que nos faz lembrar realmente o Peter Parker dos quadrinhos dos anos 60, Emma Stone, que parece ser a Gwen saída das páginas dos quadrinhos, Martin Sheen, que faz um Tio Ben melhor que Cliff Robertson, e Sally Field, que, apesar de não parecer em nada com a Tia May de universo algum, nos mostra a mãe que a personagem sempre foi.



A química entre Garfield e Stone é grande. Realmente vemos um amor adolescente, em que torcemos que tudo dê certo entre os dois.
Após a morte do Tio Ben, vemos que Peter reprime seu sofrimento. Ele não sossega até achar o assassino de seu tio, que não é encontrado nesse filme.



O roteiro, em relação às HQ's, foi levemente alterado, como o fato de Gwen saber a identidade do Homem-Aranha, e o Cap. Stacy, inicialmente, achar que ele é um criminoso. Mas isso não afeta o enredo principal, se tornando até melhor para o filme. O fato de Peter utilizar skate e lentes foi para deixar o filme atualizado, com a mesma intenção do Universo Ultimate.

Os efeitos especiais estão ótimos, dando destaque à cena da luta na escola, que é totalmente em CGI. O Lagarto está perfeito, se assemelhando ao primeiro Lagarto dos quadrinhos. Mas sentimos falta do jaleco, que é uma característica do personagem.



E, para haver continuação, é deixado uma cena inter-créditos misteriosa, com um homem escondido nas sombras (interpretado por Michael Massee), que sabe algo sobre os pais de Peter.

O grande fraco do filme realmente está no roteiro, que tem muitas conexões, como foi explicado anteriormente, e a falta da promessa de revelar a história não contada. Foi isso que tornou o filme não tão espetacular, mas ainda assim, muito bom.